postado por : UENES GOMES 26 de dez. de 2013

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Na aula de Medieval II, tivemos uma experiência bastante exitosa. A proposta disseminada em sala de aula foi desenvolver um trabalho sobre o cotidiano na Idade Média e o resultado foi bastante interessante. Então tivemos esclarecimentos de como eram o comportamento dos colonos, o que comiam, o que vestiam, se se divertiam, como o quê e assim fomos explorando os segmentos da sociedade feudal. Nosso grupo inferiu nas navegações, cavalaria, jogos e o amor. O romantismo medieval desencadeou curiosidades dada a proximidade como que o cavaleiro ou o trovador se dirigia a dama. O amor romântico que enaltecia a mulher - ela perdera a função apenas de cuidar da casa, agora ela é também inspiradora desses homens.


Como todo um trabalho que remeta a idade média, colher informações precisas é um desafio enorme. Medievalistas esmeram-se nesse trabalho para preencher ao máximo as lacunas que há em 1000 anos de história. No entanto o fato de que eles tenham dissertado temas recorrente no período que o império romano decai e surge o feudalismo, não significa tenham inventado mentiras; acontece que a falta de documento, vez por outra vai requerer do estudioso mecanismos para desvendar esses silêncios. Tomando esse pressuposto pudemos inferir no tema citando poesias da época. O acervo literário vez por outra é bastante proveitoso na construção da história e foi numa poesia publicada numa revista de história que levei para a sala e pude socializar junto aos meus colegas esse comportamento tão contemporâneo: A cortesia.

O ato de cortejar delibera discussões dúbias. Uma nos prende pela etimologia da palavra interpretando o termo relacionado a corte. A corte era o recipiente onde estavam a nata da sociedade, a nobreza, o clero e toda a conjuntura da sociedade feudal. Era nas cortes que aconteciam flertes e declamações de amores românticos, as conversas polidas os bons costumes e os comportamentos tidos como civilizados. Um outro sentido é o amor. Engraçado que é atrelado apenas às pessoas que tinham dinheiro, poderosas. Logo os camponeses não amavam decerto. Num texto distribuído pelo Esp. Edson Menezes percebemos esta relação feudal dos camponeses. Humilhados em todos os segmentos. Neste contexto do amor para os ricos ele era aceito se libertasse. Logo amor não aprisiona. Unindo ainda o elemento do exagero ao exprimir este amor. Um amor enaltecido pelas elite e que eternizaram-se nas obras literárias inerentes aos trovadores do sul e do norte da França. Nasce aí o fino amor este exemplificando o amor cortês. 
Esses trovadores que vão ser frequentes no contexto histórico, sobretudo nas cortes, vão manifestar canções com diversas finalidades. Em um momento poderá estar sendo sarcástico, apenas pretendendo seduzir as mulheres, ter prazer e exaltar suas vitórias; como também o valoroso amor às mulheres objeto de poesia. Como antes fora mencionado, a mulher deixara apenas de procriar, como permeou todo o período clássico, agora ela tinha outras funções e imbuída desses novos valores ela humilha o trovador que ousa exprimir sua paixão. Diz o texto que essas mulheres "pedia-lhes prova de amor, provocava medo, manifestava indiferença. O homem por outro lado deveria mostrar-se repleto de atenções" Ora. Analisando o contexto medieval com o nosso momento histórico não mudamos em quase nada. Apenas as mulheres investiram-se de um merecido espaço e hoje são elas que cortejam. No período medieval para o homem conseguir a atenção da dama, ele tinha que ser paciente. E hoje? Mudou?.

Em um texto puplicado pela revista História Viva dá conta de um relato de amor sistemático, onde o cavalheiro, interessado na dama, ele de nome André, um capelão e ela uma nobre, a Condessa de Champangne, representados na obra De arte honest amandi diz que o amor não é um mal, muito pelo contrário. Ele torna o amante generoso, cortês, complacente... e casto. O amante mal consegue se imaginar nos braços de outra amada. Tornaria um mal se a dama não correspondesse. Com tudo estava vinculado ao teocentrismo, Deus era quem gerenciava esses quereres. O amante ficaria destroçado com o rejeitar da dama.

A Idade média decerto foi um período muito curioso. É preciso mergulhar mais neste tempo que tanto tem respaldo no nosso momento. Há muito de medieval no nosso cotidiano, é preciso inferir essas relações e contextualizá-los de modo que não reproduzamo o erro de tornar uma época tão produtiva em 1000 anos de esterilidade. 
Ante a estes mecanismos de "paquera medieval" refletimos que enquanto naquele momento "o amor exigia certo refinamento. Era reservado aos nobres. E mais precisamente aqueles que concedeu o título de nobreza", hoje o amor é democrático, está em todas as classes sociais. Contudo uma deixa fica no ar. Depois de que a homossexualidade foi alvo de perseguição pelo cristianismo, como eram os flertes entre os cavalheiros? Sabe-se, através do teatro que quem faziam os papeis das mulheres nos atos eram esses homens. Mulheres se se expunham a vida artística era tida com prostitutas, mas isto é uma outra história. 

Texto de Uenes Gomes Barbosa, integrante da equipe G5 na aula de Medieval II e composta por: 
  1. Hanna Carolinne da Silva Nascimento - TEMA: Esportes
  2. Jefferson Wagner Araújo - TEMA: Cavalaria
  3. Leandro Alfredo - TEMA: Viagens
  4. Maxianne Rodrigues- TEMA: Jogos
  5. Uenes Gomes Barbosa: TEMA: Amor e Cortesia 

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