postado por : UENES GOMES 14 de set. de 2014


Por Uenes Gomes Barbosa

Crendo que os municípios brasileiros, sobretudo os de Pernambuco tem muito a nos informar, damos sequencia aos artigos historicizando nosso entorno, compreendendo a importância de sabermos sobre nosso lugar. Aliança, limítrofe com Vicência, é um município que transborda cultura. Ali nasceu o maracatu, berço de manifestações culturais e de grande nome da cultura, mestre Salu, os aliancenses assim como os demais pernambucanos, buscam significados para sua existência, sua identidade. Escrevendo a partir de um município relativamente distante, precisamos nos reportar a dados já escritos e pouco divulgados, porém acessíveis em livros especializados nessa veia historiográfica. 

Igreja Matriz. Nossa Senhora das Dores
Foto; Petrônio Barros - Wikimedia Commons
O que identifica aquele povo, seu nome, decorre da constituição de três parentes, irmãos de uma família que por serem unidas fundaram uma capelinha de taipa. A construção intensificou o desenvolvimento da localidade mas como é de praxe não cita os primórdios dessa localidade, desprezando a contribuição dos indígenas e enfatizando ação ímpar da Igreja como precursora e construtora do modus vivendi da região. Inclusive pela fraternidade, valor recorrente no povoado, o Frei Caetano batizou a paragem dizendo "isso aqui é uma verdadeira aliança!" num de seus pronunciamentos. Esse relato inicial de como se constitui o povoado e o nome de batismo são preservado naquela região até o presente, tendo respeito à tradição oral. 

Na sua constituição legal, as leis outorgadas na época cria o distrito de Aliança pela Lei Municipal nº 5, de 30/11/1892. Em 1909 o distrito foi elevado a Vila. Quando em 1928 criou-se o município de Aliança o território foi desmembrado de Goiana, uma parte e de Nazaré, ambas constituindo um território que compreende cerca de 272,728 km². No momento da criação e regulamentação da nova unidade municipal Aliança contava com os seguintes distritos: Sede, Lagoa Seca (Upatininga) - que figura com esse nome no quadro administrativo municipal na década de 30 -, Nossa Senhora do Ó (Tupaóca) e Lapa. Na década seguinte, vamos encontrar Aliança disposta da seguinte forma: Sede, Lapa,  Tupaóca e Upatininga, portanto quatro distritos, esta configuração ficaria fixada pelo Decreto-lei estadual nº 235 de 9/12/38, para vigorar de 1939 a 1943; O período de 1944 a 1948 é marcado pela alteração do nome de Lapa para Macujê em Decreto-lei nº 952 de 31/12/1943. A sua comarca foi instalada em 1938 e num dado momento comutou com a de Vicência que havia sido desmembrada de Nazaré da Mata. Dados da década de 1950 apontavam a educação acessível apenas à 12,9% daquela população. Naquele momento duas bibliotecas funcionavam. Tinha um hotel, uma pensão e um cinema que comportava 180 lugares. Veja algumas imagens da cidade nas décadas de 30 a 50. 
Vista Parcial da Feira
Rua Domingos Braga 
Praça Dr. Alfredo Pessoa
Vista Parcial da Cidade 
Grupo Escola Prof. Joaquim Lira
Ambulatório Major Belarmino Pessoa
Serviu de consulta depoimento de Manoel Ribeiro Duarte; Denise Barros transcrito da Enciclopédia dos Municípios brasileiros, Vol XVII; IBGE, 1958.

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